Continua repercutindo mal o lançamento da pré-candidatura do senador Rogério Carvalho (PT) para o governo de Sergipe, pelo ex-presidente Lula (PT), em 2022. A base do governador Belivaldo Chagas (PSD) não gostou da “antecipação” e o pior: o anúncio foi feito de forma açodada, sem conversar com ninguém! Houve quem entendeu que a pré-candidatura de Rogério é quase que uma imposição do líder do Partido dos Trabalhadores.

Para alguns aliados, talvez apostando em sua popularidade no Estado, Lula quis lançar a pré-candidatura de Rogério Carvalho para pressionar a base aliada do governo a acompanhar o projeto petista. O assunto não vem sendo tratado abertamente, mas nos bastidores já existe forte reação. Há quem questione o comportamento do PT em relação ao governo. A assinatura do deputado estadual Iran Barbosa (PT), a favor da CPI da Covid para fiscalizar o Executivo, foi a “gota d’água”.

O entendimento é que o Partido dos Trabalhadores comanda secretarias, órgãos e têm vários cargos comissionados na estrutura do governo e não deveria “ajudar a oposição” a pressionar o governador Belivaldo Chagas. Já há, inclusive, um movimento em defesa da saída do PT da base aliada, partindo do princípio que o pré-candidato a governador do grupo não será Rogério e que, no próximo ano, eles estarão em palanques opostos. Os petistas do governo, por sua vez, não querem “desembarcar” agora…

Em síntese, a turma do governo entende é hora de cobrar a fidelidade e o compromisso de todos os aliados. Já o PT quer manter os cargos até o próximo ano para se preparar para a eleição. Há ainda quem esteja trabalhando para “apagar esse incêndio” criado pelo ex-presidente Lula. O problema é convencer Rogério a desistir da pré-candidatura! O anúncio foi feito, o nome já está na rua, as conversas estão em andamento, mas esqueceram de “combinar com os russos”! Cenas dos próximos capítulos…

por HABACUQUE

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