A Secretaria de Estado da  Saúde (SES) divulgou o  Boletim Epidemiológico das Arboviroses em Sergipe, referente ao período de 03 de janeiro a 27 de março deste ano. O documento mostra que foram notificados 411 casos de dengue, sendo 45 confirmações e 297 descartados. Outros 69 registros estão em investigação. Quando à chikungunya foram 474 notificações, com 226 confirmações, 191 descartes e 57 estão em investigação. Com relação à zika foram 35 notificações com cinco casos confirmados, distribuídos entre os municípios de Aracaju e Simão Dias.
No período avaliado não houve óbitos provocados pelas arboviroses, segundo destacou o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, destacando que dos casos confirmados de dengue, os grupos etários mais acometidos foram os de adultos jovens de 20 a 34 anos de idade, que respondeu por 35,5% dos casos. O sexo feminino foi o mais afetado, com 53,3% das ocorrências.
Os municípios com maior incidência de dengue no período foram: Aracaju, com 23 casos; São Cristóvão, com 15; Itabaianinha e Malhador com 11 cada um; e Boquim, com nove casos. De acordo com as informações do Boletim Epidemiológico, foram registrados casos de dengue em 16 dos 75 municípios sergipanos. Na análise dos casos de chikungunya observa-se uma predominância na faixa etária de 35 a 49 anos, com 31% dos 226 casos confirmados, e no sexo feminino, com 63%.
De acordo com informações do diretor de Vigilância em Saúde, dois Levantamentos Rápidos de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) foram realizados pelos municípios neste ano de 2021. O primeiro, feito em janeiro, mostrou que 17 dos 75 municípios apresentaram índice satisfatório; que 43 estavam em situação de média infestação; e que oito estavam com índice de alta infestação. Sete municípios não realizaram o primeiro LIRAa de 2021.
No mês passado, um novo levantamento foi feito, apontado 20 municípios em situação satisfatória; 42 deles em médio risco; e seis em alto risco de infestação. Também no segundo LIRAa sete municípios não realizaram o monitoramento da infestação do Aedes aegypti.
Em relação ao mesmo período do ano passado, Sergipe apresenta no período uma redução de 65,9% no número de casos confirmados de dengue. Em 2020 foram 132 registros contra 45 nestes três primeiros meses de 2021. Quanto à febre da chikungunya, houve um crescimento expressivo de 465% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 40 casos frente às 226 ocorrências em 2021. A zika não registrou variação no período comparado. Foram cinco casos em 2020 e em 2021.

Aracaju – Com o objetivo de coletar amostras de larvas do Aedes aegypti, para identificação e notificação dos focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou nesta segunda-feira, 3, o terceiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021.
O LIRAa acontece simultaneamente em todos os bairros da capital, com a metodologia que norteia grande parte do trabalho de combate ao Aedes. De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes, Jeferson Santana, o levantamento é realizado na capital a cada dois meses, para que seja feito o cálculo da presença das larvas do mosquito na cidade.