O Palácio Governador Augusto Franco – Palácio dos Despachos, em Aracaju, foi palco na tarde de ontem de um ato público promovido por trabalhadores de bares e restaurantes de Sergipe. Enquanto o governador Belivaldo Chagas e o prefeito da capital sergipana, Edvaldo Nogueira, se reuniam nas dependências internas com demais membros do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (CTCAE), do lado de fora da sede administativa, os manifestantes pediam o retorno imediato das atividades de bares e restaurantes aos domingos e feriados. A mobilização contou com o apoio da da Associação dos Trabalhadores Bares, Restaurantes, Hotéis e Similares do Estado de Sergipe (Assobrahs/SE).
Por força de decreto protocolado e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), pelo poder Executivo Estadual, todas as atividades presenciais estão suspensas; o funcionamento segue disponível apenas para entrega a domicílio, venda on-line e retirada no balcão. Devido a essa pausa por tempo indeterminado no serviço presencial, o setor registra sucessívas quedas no faturamento, bem como contabiliza mais de 600 pessoas demitidas por conta da pandemia. De acordo com o vice-presidente da Assobrahs, Igor Melo, mesmo com a imposição de restrições mais duras, é necessário que o Governo de Sergipe volte a liberar a abertura dos estabelecimentos de sexta à domingo.
“Atender ao público de segunda à quinta, ainda mais com toque de recolher, não ajuda em nada, aliás, te digo que em porcentagem, nosso fluxo de atendimento e venda presencial nesses dias não chega nem a 15% do total. Hoje temos muitos profissionais com mais de 20 anos de serviço sendo demitidos, e sem receber os direitos trabalhistas porque as empresas estão quebradas. Um dia esses trabalhadores demitidos vão receber o que é de direito, ou mesmo voltar a trabalhar, mas para isso é preciso que voltemos a abrir os bares e restaurantes nos finais de semana, mesmo que sejamos obrigados a inrensificar ainda mais os cuidados sanitários”, declarou.