A ideia da Fifa e da International Board (IFAB, na sigla em inglês), de permitir a realização de até cinco substituições em um jogo de futebol, caiu no gosto dos treinadores brasileiros. Vários técnicos aprovaram a nova regra, assim como preveem a necessidade de trabalharem mais por causa dela. Caso a inovação seja aplicada no Brasil, os comandantes afirmam que será necessário treinar mais variações táticas com os elencos antes de cada uma das partidas.
O objetivo da Fifa e da IFAB em autorizar que cada time possa fazer até cinco mudanças em vez das três atuais é minimizar o desgaste dos jogadores. A proposta é temporária, válida só até dezembro deste ano.As entidades consideram que pela paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus, os campeonatos serão retomados com uma sequência mais intensa de partidas e com os atletas fora da forma física ideal. Por isso, surgiu a ideia de dar aos treinadores a oportunidade de mexer mais vezes no time.
“Eu acho uma boa ideia, mas não é o ideal. O ideal seria realmente que se pensassem no retorno do futebol em um tempo adequado de preparação para não se ter risco de lesão”, disse o técnico do Red Bull Bragantino, Felipe Conceição. A autorização para se fazer cinco substituições ainda será estudada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Para o técnico do Goiás, Ney Franco, o papel de quem comanda as equipes vai mudar bastante. “A mudança aumenta a possibilidade de preservação da parte física dos atletas, se houver uma sequência de jogos sem um tempo ideal de recuperação física e emocional, além de dar ao treinador a possibilidade de trabalhar mais variações táticas”, explicou.